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(imagem retirada de www.luisprado.com.br) |
Era um domingo de primavera. As árvores estavam lotadas de flores multicoloridas e os pássaros cantavam alegremente.
Estava me arrumando
para ir até o shopping passear com minhas amigas. Tínhamos combinado de
assistir a um filme e estava quase atrasada, pois minha mãe se recusou a me
levar de carro.
Saí de casa e peguei um
ônibus, que por sorte não demorou a passar. Sentei em um banco, ao lado da
janela, sempre olhando para o relógio e apreensiva com o horário, mas
continuava irritada.
De repente, uma criança
sentou-se ao meu lado. Era pequeno, frágil, desprovido de calçados, e aparentava
ter uns sete anos.
Por ver tanta doçura e
inocência em seu olhar, disse:
- Qual seu nome?
O pequeno então me
disse que chamava-se Josias.
Perguntei o que uma
criança tão pequena, fazia sozinha pela cidade, e a resposta me surpreendeu:
- Estou indo visitar
minha mãezinha no hospital. Ela sofreu um acidente e está do outro lado da
cidade agora. Tive de vir sozinho, porque não temos parentes perto e meus dois
irmãozinhos mais novos não puderam vir.
Fiquei paralisada com
aquelas palavras que pareciam inacreditáveis.
Uma criança tão
indefesa, que mal sabia da vida, tinha de amadurecer tão nova. E eu?
Estava mais preocupada
com meu atraso para chegar ao shopping, do que com a vida a meu redor.
Mesmo naquela situação,
o menino sorria e me contava histórias alegres de sua vida sem mordomias. E meu
atraso? Ah! Isso podia esperar.
Fui com ele até o
hospital, e depois á sua casa.
Depois disso, voltei do
meu incrível passeio, não pensando mais em qual lugar iria da próxima vez, e
sim, em como ajudaria o pequeno Josias.
Atividade realizada em 19 de fevereiro, orientada pela professora Ilvanita, com o objetivo de produzirmos um conto após estudo do gênero textual.
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