quinta-feira, 24 de outubro de 2013

SONHOS NA JANELA

Era tarde de domingo. Como de costume, estava em minha janela observando o movimento das pessoas que por perto trafegavam. Quieta com meus pensamentos, ensimesmada com meus botões, pensava quando seria o dia em que finalmente te veria chegar por lá.
Me observaria, encostado do outro lado da rua. Simplesmente algumas trocas de olhares me deixariam envergonhada, afinal não é necessário muito para me deixar assim.
Então se aproximaria da calçada e perguntaria meu nome e qualquer outra coisa sem sentido, somente para puxar assunto. Eu perceberia com certa dificuldade, já que não estou acostumada com essas coisas de paquera.
A gente poderia conversar, você me pegaria em casa ás oito e poderíamos ir ao cinema. Na volta pra casa, você me levaria até a porta e eu logo diria que iria entrar devido ao frio. Me viraria e você puxaria meu braço delicadamente, e com um olhar encantador me daria um beijo, meu primeiro beijo que seria inesquecível.
Bom, tudo isso parece cenas e mais cenas de um filme do mais puro romance não é? Pois bem, é isso mesmo! Continuo em minha janela, no domingo a tarde, sonhando contigo, que não possui rosto, silhueta, caráter ou encanto algum. Continuo aqui, sonhando com alguém que nunca vai chegar, ou pelo menos, não dessa forma tão clichê.
Quando acontecer, será nos mais simples padrões dos dias de hoje, quem sabe apenas um simples beijo sem sentimento algum de uma ou ambas as partes?
Não saberei até acontecer, mas de uma coisa tenho certeza, farei o possível pra que tudo seja com a pessoa certa e que mesmo não chegando em um cavalo branco,você ao menos chegue cheio, ou pelo menos, com algum verdadeiro amor.

   Tarefa proposta pela professora Ilvanita de Sousa Barbosa, de Língua Portuguesa, que nos orientou á produção de uma crônica com base em uma imagem selecionada do livro Movimento do Aprender.

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